Sobre a mera majestosidade de um beijo
um momento cutâneo-egoísta pré-ato
Sobre a altura de todos, e tudo também
Sobre a grandiosidade do seu olhar
a infâmia do relógio, que passa e passa
Sobre a imortalidade, prezo
eu grito: E há coisa mais bela?
do que viver sabendo que no segundo próximo
tudo acaba?
Essa beleza
que eu chamo de
perigo no sempre
E o perigo mora na esquina de seus olhos
pertinho do nariz que eu beijei
pertinho da boca que me faz rir
pertinho do cabelo que eu de certo
nunca esquecerei.
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